A lua gélida sem um brilho sutil
Teme em queimar os insanos
Já o intenso calor que dali partiu
Dá leveza aos corações não profanos
Disposto cintilar destruidor
O turvo veicular da dor
Mas, o outro é oposto
É doce e sutil
Não é do desgosto o gosto
A insanidade que veda a razão
Mas, não há com realidade tê-lo
A não ser de coração
A verdade iludida de outrora
Que agora, sem demora, deplora
A sandice de quem o vive
A paixonite desesperada, desenfreada
Por alguém que não se tem
E perde-se cada vez mais ao tentar
Pois apaixonar-se, não é amar
A saudade lúdica da alma
Que acalma a cada regressar
Esse, transparente, é amar
A paixão deflora, corrói, enfraquece
O amor traz a glória, constrói, enriquece
A paixão é a Lua fria
O amor, do Sol o calor
Quem vale mais?
O que a pele permitir
Ou o que o coração sentir?
Não venho aqui julgar
Cada um sabe quão pode se machucar
Mas, concluo: a paixão é pros loucos
E o amor, infelizmente, para poucos
Alexandre Batel – 15.03.2011 – 00h30
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