domingo, 1 de agosto de 2010

RETRATO

Desabrochou com seu doce perfume
Em férteis pastagens alvas
Iluminou o veio da terra
Estéreis, selvagens, alvas

Chegaram, pisaram, maltrataram
Fizeram, pudera, quiseram
E assim ficou

Iludiram os que lá estavam
Zurziram, roubaram, levaram
E ninguém ajudou

Viajando na luz
Chegando,
É isso que se tornou

Doces terras férteis
Embebidas no amor
Negras, maltratadas
Hoje são o retrato da dor

O tempo passou
Tudo transformou-se
Das terras, edifício restou
Alvas pastagens singelas
A aquarela petrificou
Hoje o retrato que chora
É o que tens agora
País de outrora viril,
Triste que agora chora, és tu Brasil